Nel 2026 a Parigi un grande Omaggio a Jorge Amado
Duda Tawil - da Parigi
Dôra e João Jorge Amado davanti al Grand Hôtel Saint Michel, con la Direttrice Marie Pereiras-Estate 2025-Parigi (Foto di Duda Tawil)
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)

Il nostro amato Jorge, un tempo esiliato nella Città delle Luci e, anni dopo, uno dei suoi illustri residenti, con tutta la semplicità che lo caratterizzava, sarà giustamente e storicamente ricordato e onorato nel 2026 nella capitale francese. Lo scrittore baiano, il "ragazzo Grapiúna" e cittadino del mondo, che ci ha lasciato nel 2001, ha vissuto con la sua famiglia durante il suo esilio parigino tra il 1948 e il 1950 al Grand Hôtel Saint Michel, nel Quartiere Latino. Ora è un hotel a quattro stelle completamente restaurato, a pochi passi dalla Sorbona, dal Pantheon, dai Giardini del Lussemburgo (sede del Senato francese) e dal Boulevard Saint-Michel, famoso per il Maggio 1968. L'hotel apporrà una targa sulla facciata con il suo nome, come spesso avviene in Francia con i suoi illustri residenti, o nelle case dove sono nati, hanno vissuto, hanno creato le loro opere o dove sono deceduti.
 
L'iniziativa è stata avviata dalla direttrice dell'hotel, Marie Pereiras, e l'ha rivelata al figlio dello scrittore, João Jorge Amado, e a sua moglie Dôra Lopes, durante una recente colazione a cui erano stati invitati. Tutto è iniziato quando João Jorge, accogliendo uno dei suoi nipoti, il tredicenne Francisco Pereira Amado, in visita a Parigi, lo ha portato a visitare l'hotel dove vivevano i suoi bisnonni, Zélia Gattai e Jorge Amado. Il primo incontro con Marie è avvenuto inaspettatamente alla reception, e anche il "divertimento", letteralmente!
 
Il delizioso scambio, in perfetto stile Gattai-Amado, merita di essere raccontato qui, e si è svolto più o meno così:
 
"Sapeva che lo scrittore brasiliano Jorge Amado ha vissuto qui?"
"Lo so. Ho persino vissuto con lui."

 
Le risate furono inevitabili e le presentazioni puntuali. Juca, come João Jorge è affettuosamente chiamato in famiglia, raccontò a Marie, direttrice dell'hotel, di essere arrivato lì ancora neonato, all'inizio del 1948, e di essere stato battezzato a Parigi l'8 maggio 1949.
                                       
                                                 

                     Jorge Amado e Zélia Gatttai . Fondo Z.G. Fundação Casa Jorge Amado Salvador Bahia Brasil

Jorge Amado, che avrebbe compiuto 113 anni il 10 agosto di quest'anno, era  appassionato di cultura francese, in particolare di letteratura, ovviamente. Nel corso degli anni è divenuto il massimo esponente della cultura brasiliana in Francia, con tutte le sue opere tradotte da vari editori, documentari sulla sua vita in televisione, apparizioni in programmi televisivi di fama nazionale, membro di giurie in numerosi festival cinematografici (altra sua grande passione), presidente del Carnevale di Nizza nel 1990 e Commendatore della Legione d'Onore francese, la prestigiosa Légion d'Honneur, il più alto riconoscimento per una persona nel paese, francese o straniero che sia. Il 23 marzo 1998, per acclamazione, ricevette il titolo di Dottore Honoris Causa presso l'Università della Sorbona, come già menzionato, adiacente all'hotel. È in questa data, o intorno ad essa, che l’anno venturo si prevede di collocare la targa onoraria.
                                 
                                     
                                                   Amado riceve dal Presidente Francois Mitterand la Légion d'Honneur-Parigi, 1984.
                                                      Credito: Acervo Fundaç
ão Casa de Jorge Amado

Poco dopo questo felice incontro, in videoconferenza, l'addetto culturale dell'Ambasciata brasiliana in Francia, Jonas Paloschi, parlando col figlio di Amado, si è dichiarato entusiasta della splendida notizia e gli ha suggerito di creare qualcosa di più ampio e culturale attorno a questa onorificenza, con il supporto del dinamico e caro 
Ambasciatore del Brasile in Francia, Ricardo Neiva Tavares. 
 
Il Grand Hôtel Saint Michel (http://www.hotel-saintmichel-paris.com) si trova in  Rue Cujas, n. 19, nel V Arrondissement di Parigi. È divenuto "personaggio" in diversi libri della memorialista Zélia Gattai Amado, in particolare in Jardim de Inverno [1], nel quale racconta il loro esilio parigino, e compare in diverse "note" nel libro Navegação de Cabotagem di Jorge Amado[2], pubblicato nel 1992 in occasione dell'ottantesimo compleanno del grande romanziere, così come in Farda, Fardão, Camisola de Dormir [3](tradotto in francese e intitolato La Bataille du Petit Trianon). Il proprietario dell'hotel è il tunisino Jamel Belaïd, dispone di 47 camere e, secondo la direttrice Marie Pereiras, durante l'anno è molto frequentato da clientela brasiliana che di solito soggiorna per una settimana.





[1] Inedito in Italia. N. d.T.
[2] Pubblicato In Italia col titolo “Navigazione di cabotaggio” (ed. Garzanti, 1992-1994-2015). N.d.T.
[3] Pubblicato in Italia col titolo “Alte uniformi e camicie da notte” (ed. Garzanti, 1983-1997-2010-2025).             N.d.T.

Traduzione dal portoghese di A.R.R.


© SARAPEGBE.                                                          
E’ vietata la riproduzione, anche parziale, dei testi pubblicati nella rivista senza l’esplicita autorizzazione della Direzione 
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TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)

Em 2026 Homenagem a Jorge Amado em Paris
por
Duda Tawil - de Paris

 

                                                                
         Dôra e João Jorge Amado na porta do Grand Hôtel Saint Michel, com a sua diretora Marie Pereiras.Verão 2025-Paris                                                                                     (Crédito: Duda Tawil)

O nosso amado Jorge, que já foi exilado na Cidade Luz e anos mais tarde um dos seus ilustres moradores, com toda aquela simplicidade que o caracterizava, será justa e historicamente lembrado e homenageado em 2026, na capital francesa. O escritor baiano, o "menino grapiúna" cidadão do mundo, que nos deixou em 2001, residiu com a família, durante o seu exílio parisiense, entre 1948 e 1950, no Grand Hôtel Saint Michel, no Quartier Latin. Hoje um quatro estrelas, todo restaurado, a dois passos da Sorbonne, do Panteão, do Jardim de Luxemburgo (sede do Senado francês) e do Boulevard Saint-Michel, famoso pelo Maio de 1968, o hotel vai colocar uma placa na sua fachada com seu nome, como se faz muito na França, com seus moradores famosos, ou nas casas onde esses nasceram, viveram, criaram suas obras ou morreram.
 
A maravilhosa iniciativa é da simpática diretora do hotel, Marie Pereiras, revelada ao filho do escritor, João Jorge Amado, e à sua mulher Dôra Lopes, durante um café da manhã ao qual foram convidados, recentemente. Mas tudo começou quando João Jorge, ao receber um dos netos em visita a Paris, Francisco Pereira Amado, de 13 anos, o levou para conhecer o hotel onde moraram seus bisavós Zélia Gattai e Jorge Amado. O primeiro encontro com Marie naquele momento aconteceu, de repente, na recepção, e a "graça", literalmente, também! 
 
O diálogo, delicioso, bem à maneira dos Gattai- Amado, vale a pena ser contado aqui, e foi mais ou menos, assim:
 
- O senhor sabe que aqui morou o escritor brasileiro Jorge Amado?
- Sei. Inclusive eu morei com ele.
 
Os risos foram inevitáveis, e as apresentações devidamente feitas, Juca, como carinhosamente João Jorge é chamado em família, contou a Marie, também gerente-geral do estabelecimento hoteleiro, que chegou ali com poucos meses de idade, bebê, no início de 1948, e que foi batizado em Paris em 8 de maio de 1949!
                                             
               
Jorge Amado e Zélia Gattai. Fondo Z.G. Fundação Casa Jorge Amado. Salvador Bahia-Brasil

Jorge Amado, que faria 113 anos em 10 de agosto passado, era apaixonado pela cultura francesa, sobretudo a literatura, obviamente, e ao longo dos anos, muitas décadas, se tornou a referência máxima da cultura brasileira na França, com todos os seus livros traduzidos por diferentes editoras, documentários sobre sua vida nos canais de tevê, participações em programas de televisão célebres nacionalmente, membro de júris de inúmeros festivais de cinema (outra grande paixão sua), presidente do Carnaval de Nice em 1990, e foi Comendador da Legião de Honra da França, a prestigiosa Légion d´Honneur, o grau máximo de reconhecimento a uma personalidade no país, francesa ou estrangeira. Em 23 de março de 1998, sob aclamação, recebeu o título de Doutor Honoris Causa na Universidade da Sorbonne, como mencionado acima, vizinha do hotel. É nesta data, ou em torno dela, que se pretende colocar a honrosa placa, no vindouro ano.
 
                                       
                                                       Amado recebe do Presidente François Mitterand la Légion d'Honneur-Paris, 1984.
                                                       Crédito: Acervo 
Fundação Casa de Jorge Amado

Pouco depois desse feliz encontro, por videoconferência, o adido cultural da Embaixada do Brasil na França, o simpático Jonas Paloschi, conversou com Juca, se entusiasmou com a grande notícia, e deu a bela ideia de se fazer algo cultural e maior em torno da homenagem, com o apoio do dinâmico e querido Embaixador Ricardo Neiva Tavares. 
 

O Grand Hôtel Saint Michel (www.hotel-saintmichel-paris.com) fica no n°19 da Rua Cujas, no 5° distrito de Paris. É "personagem" de vários livros da memorialista Zélia Gattai Amado, sobretudo em Jardim de Inverno[1], no qual relata o seu exílio parisiense, e consta em vários "apontamentos" de Navegação de Cabotagem[2] de Jorge Amado, lançado quando das 80 primaveras do enorme romancista, em 1992, assim como em Farda, Fardão, Camisola de Dormir [3](em francês foi traduzido e assim é intitulado: La Bataille du Petit Trianon). O seu proprietário é o tunisiano Jamel Belaïd, possui 47 quartos, e é, segundo Marie, muito frequentado por uma simpática clientela brasileira ao longo do ano, que geralmente fica hospedada uma semana.
 
Salve Jorge! 
Viva Oxóssi: Okê, arô!



[1] Inédito na Itália. N. d.T.
[2] Publicado na Itália com título “Navigazione di cabotaggio” (ed. Garzanti, 1992-1994-2015). N.d.T.
[3] Publicado na Itália com título “Alte uniformi e camicie da notte” (ed. Garzanti, 1983-1997-2010-                   2025). N.d.T.
 
 
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