L'ANGOLO DELLA POESIA. Tra chi dice che tutto cambia. Marina Mariani
TESTO IN ITALIANO (Texto em português)
Tra chi dice che tutto cambia
e chi dice che l’essenziale
non è mutabile, e mai
muterà,
il colloquio non è impossibile,
la discussione si può fare.
Bisogna solo lasciare a casa i fucili,
sedersi sul sedile di pietra
sotto l’albero di fico,
bere ogni tanto un bicchiere di vino,
distrarsi all’andirivieni
del cane bracco o pointer,
o al canto d’un uccello,
all’odore di mosto o di sterco
o di mentuccia.
Alla fine ci si saluterà
con una stretta di mano
(non è poi tanto grave,
il cimitero è piccolo e bianco
e intorno giocano i bambini).
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Marina Mariani. Napoli 1928 – Roma 2013. Da giovane frequenta per un certo periodo la Pro Civitate Christiana di Assisi, culturalmente molto attiva negli anni ’50 e ’60 e, pur non potendosi definire religiosa, si innamora per sempre della figura del Cristo. Dopo aver conseguito la maturità classica al Liceo Giulio Cesare, si iscrive alla facoltà di Fisica, ma, dopo aver dato solo alcuni esami, decide di cominciare a lavorare. Riprenderà gli studi molti anni dopo, iscrivendosi alla Facoltà di Filosofia dell’Università di Firenze e il suo interesse per la psicoanalisi la porterà a discutere la tesi con Cesare Musatti. Nel 1955 si impiega alla RAI dove rimarrà per trentacinque anni al Servizio Opinioni, e poi a Radiotre dove si occupa di trasmissioni letterarie tra cui la rubrica “Pagine” il cui materiale viene utilizzato ancora oggi. Alla RAI incontra Giulio Cattaneo al quale per primo fa conoscere le sue poesie fino allora tenute segrete. Cattaneo la incoraggia a scrivere e la spinge a pubblicare su riviste letterarie quali la Fiera Letteraria, Nuovi Argomenti, Linea d’Ombra, Paragone e altre. Nel 1982 le sue poesie appaiono nel volume di Einaudi “Nuovi Poeti Italiani 2” a cura di Alfonso Berardinelli e nel 1984 in “Poesia Tre” edito da Guanda. Le successive pubblicazioni in volume sono state tutte edite dalla Quasar. Tra le sue opere ricordiamo nel 1998 “La conversazione” (andata tra i finalisti del Premio Viareggio), nel 2000 “Il gioco delle costruzioni”, nel 2007 “In campo lungo” e nel 2009 "Poesie migranti". Nel 2003 aveva pubblicato anche un libretto in prosa - "Una bella perdita di tempo”.
Biografia tratta da http://www.marinamariani.com/
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TEXTO EM PORTUGUÊS (Testo in italiano)
Entre quem fala que tudo muda
por
Marina Mariani
Entre quem fala que tudo muda
e quem diz que o essencial
não é mutável e nunca
vai mudar,
o diálogo não é impossível,
a discussão pode ser feita.
Você só tem que deixar as armas em casa,
sentar-se no assento feito de pedra
sob a figueira,
beber um copo de vinho de vez em quando
se distraindo com o vai e vem
do bracco e do ponteiro,
ou com o canto de um pássaro
ao cheiro do mosto ou da hortelã.
No final, nos cumprimentaremos
com um aperto de mão
(Não é tão grave, o cemitério é pequeno e branco
e as crianças brincam ao seu redor).
Traduzione in portoghese di Antonella Rita Roscilli
Marina Mariani. Napoli 1938-Roma 2013- Ainda jovem frequentou durante um certo período a Pro Civitate Christiana de Assis, culturalmente muito ativa nas décadas de 50 e 60 e, embora não pudesse se definir como religiosa, apaixonou-se para sempre pela figura de Cristo. Depois de obter o diploma do ensino médio clássico no Liceo Giulio Cesare em Roma, matriculou-se na Faculdade de Física, mas, depois de passar em alguns exames, decidiu começar a trabalhar. Ela retomará os estudos muitos anos depois, matriculando-se na Faculdade de Filosofia da Universidade de Florença e seu interesse pela psicanálise a levará a discutir sua tese com o grande Cesare Musatti. Em 1955 trabalha para a RAI onde permanecerá trinta e cinco anos no Servizio Opinioni, e depois na Radiotre onde se ocupa de emissões literárias incluindo a coluna "Pagine", cujo material ainda hoje em dia é utilizado. Na RAI conhece Giulio Cattaneo, a quem é o primeiro a apresentar os seus poemas até então secretos. Cattaneo a encorajou a escrever e a incentivou a publicar em revistas literárias como Fiera Letteraria, Nuovi Argomenti, Linea d'Ombra, Paragone e outras. Em 1982 seus poemas aparecem no volume de Einaudi "Nuovi Poeti Italiani 2" editado por Alfonso Berardinelli e em 1984 em "Poesia Tre" publicado pela Guanda. As publicações de volume subsequentes foram todas publicadas pela editora Quasar. Entre as suas obras recordamos em 1998 “La Conversazione” (uma das finalistas do prestigioso Premio Viareggio), em 2000 “Il gioco delle costruzioni”, em 2007 “In campo lungo” e em 2009 “Poesie migranti”. Em 2003 publicou também um livreto em prosa - “Una bella perdita di tempo”.
Biografia completa no site http://www.marinamariani.com/