"UnArchive.Found Footage Fest" 2a Edizione: il riuso creativo delle immagini
Antonella Rita Roscilli
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)

                                                                                                NuoviPercorsiSarapegbe, 28 maggio 2024
Si apre oggi a Roma la seconda edizione di UnArchive Found Footage Fest, il primo festival interamente dedicato al riuso creativo delle immagini, con la direzione artistica di Alina Marazzi e Marco Bertozzi. 

L'iniziativa, ideata e prodotta dall’Archivio Audiovisivo del Movimento Operaio e Democratico ETS in collaborazione con Archivio Luce - Cinecittà, con il riconoscimento del MiC – Direzione Generale Cinema e Audiovisivo, continuerà fino al 2 giugno presso il Cinema Intrastevere, per quanto riguarda la sezione cinema, con appendici dedicate alle installazioni artistiche al Tempietto del Bramante e a Vicolo Moroni, alle performance audiovisive e ai cineconcerti all'Alcazar Live, all'approfondimento e ad incontri con gli autori all'Accademia di Spagna.

"Il riuso dei materiali archiviati e così disarchiviati - afferma Vincenzo Vita, presidente dell'AAMOD - è la premessa per la costruzione della realtà resa più vera e profonda rispetto alla mera esplorazione naturalistica. Le tracce e i sintomi – offerti dalla visione dei beni preziosi custoditi negli archivi – transitano dal vecchio al nuovo, ci prendono per mano e rompono tetti o pareti consegnati dall’età analogica."  E’ quindi un "cinema che brucia", come campeggia sul manifesto realizzato dall’artista Gianluca Abbate, un cinema rivolto al presente, che scruta, interroga, riaccende, a volte ribalta le proprie fonti.

"Riecheggia nell’intuizione che vede le pratiche di riuso come processi moltiplicatori di significati – dice Luca Ricciardi, ideatore e organizzatore del festival -  l’idea situazionista di Détournement e quella di una specifica forza che gli elementi deturnati mostrano, per la coesistenza in essi del loro significato antico e immediato: il loro doppio fondo. Se il cinema di riuso delle immagini è stato definito cinema al quadrato, allora l’archivio che lo promuove, potrebbe definirsi un archivio elevato al cubo, volto a scongiurare ogni forma di istituzionalizzazione delle immagini, in una riconfigurazione costante del patrimonio audiovisivo, aggiornato e, per questo, ancora e sempre vivo".

Nel panorama di UnArchive - spiegano i due direttori artistici Marco Bertozzi e Alina Marazzi - il concetto di ri-appropriazione del materiale d’archivio è un processo artigianale che smonta e rimonta, dipinge e graffia, ricolora, taglia, incolla, sovrappone e spoglia, alla ricerca di quello che Godard auspicava: Fare un film utilizzando immagini di repertorio non significa carpire la vita che dorme nei fortini delle cineteche, ma spogliare la realtà della sua apparenza, ridandole l’aspetto grezzo che basta a se stessa e cercando al contempo l’aspetto in cui essa avrà termine di smontaggio".

Nella selezione della programmazione 2024 sono stati inclusi film diversissimi tra loro, non solo per tematiche ed epoche di appartenenza dei repertori, ma anche per le differenti pratiche adottate e per le estetiche abbracciate. Undici sono i titoli del concorso lungometraggi, dodici i titoli del concorso cortometraggi. La Giuria internazionale è formata da Bill Morrison, Firouzeh Khosrovani e Sara Fgaier; la Giuria degli studenti è invece presieduta da Giovanni Piperno.

I film premiati avranno i seguenti riconoscimenti in denaro: € 3000  per il Premio Unarchive, sul migliore uso creativo; €1500 al miglior lungometraggio, film più lungo di 60′; €1500 miglior cortometraggio, film di durata minore ai 60′.
Per maggiori informazioni e Programma: https://unarchivefest.it/

-------------------------------------------------------------------------------


TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)

"UnArchive. Found Footage Fest" 2ª edição: a reutilização criativa de imagens
Por
Antonella Rita Roscilli

                                         


                                                                                                                   NuoviPercorsiSarapegbe, 28 maggio 2024                                  
Se inaugura hoje em Roma a segunda edição do UnArchive Found Footage Fest, o primeiro festival inteiramente dedicado à reutilização criativa de imagens, com direção artística de Alina Marazzi e Marco Bertozzi.  

A iniciativa, idealizada e produzida pelo Arquivo Audiovisual do Movimento Operário e Democrático ETS em colaboração com Archivio Luce - Cinecittà, com o reconhecimento da MiC - Direção Geral de Cinema e Audiovisual, prolonga-se até 2 de junho no Cinema Intrastevere, no que diz respeito à secção de cinema, com apêndices dedicados às instalações artísticas do Tempietto del Bramante e do Vicolo Moroni, às performances audiovisuais e aos cine-concertos do Alcazar Live, às análises aprofundadas e aos encontros com os autores na Academia Espanhola .

“A reutilização de materiais arquivados e, portanto, dearquivados - afirma Vincenzo Vita, presidente da AAMOD - é a premissa para a construção de uma realidade tornada mais verdadeira e profunda em comparação com a mera exploração naturalista. Os vestígios oferecidos pela visão dos bens preciosos preservados nos arquivos, transitam do antigo para o novo, pegam-nos pela mão e quebram telhados ou paredes da era analógica."   É, portanto, um “cinema ardente”, como afirma o cartaz criado pelo artista Gianluca Abbate, um cinema voltado para o presente, que perscruta, questiona, reacende e por vezes subverte suas fontes.

“A intuição que vê as práticas de reaproveitamento como processos multiplicadores de significados - diz Luca Ricciardi, criador e organizador do festival - ecoa a idéia situacionista do Détournement e de uma força específica que os elementos devolvidos mostram, pela coexistência dentro deles do seu significado antigo e imediato: o seu duplo fundo Se o cinema de reutilização de imagens foi definido como cinema ao quadrado, então o arquivo que o promove poderia ser definido como um arquivo elevado ao cubo, destinado a evitar qualquer forma de institucionalização de imagens, numa constante reconfiguração do património audiovisual, atualizado e, por isso, ainda e sempre vivo”.

No panorama do UnArchive - explicam os dois diretores artísticos Marco Bertozzi e Alina Marazzi - o conceito de reapropriação de material de arquivo é um processo artesanal que desmonta e remonta, pinta e risca, corta, cola, sobrepõe e tira, em busca daquilo que Godard esperava: ou seja, fazer um filme a partir de imagens de arquivo não significa roubar a vida que dorme nos arquivos cinematográficos, mas despojar a realidade da sua aparência, devolver-lhe o aspecto bruto que é suficiente em si e ao mesmo tempo buscando o objetivo de uma nova cara em que terminará a desmontagem".

Na programação de 2024 foram incluídos filmes muito diferentes, não só pelas temáticas e épocas a que pertencem os repertórios, mas também pelas diferentes práticas adotadas e pelas estéticas abraçadas. São onze títulos na competição de longas-metragens, doze títulos na competição de curtas-metragens. O júri internacional é composto por Bill Morrison, Firouzeh Khosrovani e Sara Fgaier; o júri estudantil é presidido por Giovanni Piperno.

Os filmes premiados receberão os seguintes prémios monetários: 3000€ para o Prémio Unarchive, para o melhor uso criativo; 1500€ para a melhor longa-metragem, filme com mais de 60′; Melhor curta-metragem de 1500€, filme com duração inferior a 60 minutos.
Para mais informações e programa: https://unarchivefest.it/




Tradotto in portoghese da A.R.R.