"Tra Pompei e Marajó - L'imperatrice Teresa Cristina e gli oggetti di desiderio tra Italia e Brasile": la mostra all’Ambasciata del Brasile a Roma
Antonella Rita Roscilli
Nuovi Percorsi-Sarapegbe, 29 settembre 2022
"Tra Pompei e Marajó - L'imperatrice Teresa Cristina e gli oggetti di desiderio tra Italia e Brasile", è il titolo della mostra che omaggia il bicentenario della nascita della imperatrice D. Teresa Cristina di Borbone, moglie dell’imperatore Dom Pedro II e ultima regnante del Brasile. La mostra rimarrà aperta dal 30 settembre al 2 novembre 2022 nella Galleria Candido Portinari in piazza Navona a Roma ed è la seconda celebrazione che l’Ambasciata del Brasile in Italia dedica alla imperatrice di origini italiane.
Nata a Napoli il 14 marzo 1822 e morta in esilio nel 1889, D. Teresa Cristina di Borbone delle Due Sicilie costituisce un anello importante di congiunzione tra Italia e Brasile. Questa mostra, curata da Evelyne Azevedo e Fernanda Marinho, intende omaggiare anche il bicentenario dell’indipendenza del Brasile, che si festeggia sempre quest’anno.
Il titolo è significativo: “Da Pompei a Marajó” è nello specifico dedicata allo scambio di pezzi archeologici promosso da D. Teresa Cristina di Borbone con il fratello Don Ferdinando II, re delle Due Sicilie. Competente e appassionata per l’archeologia, D. Teresa Cristina viene definita l’imperatrice archeologa. Il fruttuoso scambio ha dato vita alla Collezione Mediterranea de1 Museo Nazionale della Quinta da Boa Vista, a Rio de Janeiro, e, dall'altro, fu un’occasione affinchè la penisola italica conoscesse la cultura materiale indigena brasiliana.
Il pezzo principale della mostra è l’affresco “Drago marino tra delfini”, proveniente dal Tempio di Iside a Pompei,distrutto ne1 2018 in Brasile, durante un tragico incendio che colpì il Museo Nazionale della Quinta da Boa Vista. Restaurato dal Centro Conservazione e Restauro de La Venaria Reale di Torino nell’ambito del progetto “Restituzioni” di Banca Intesa Sanpaolo, l’affresco venne inviato ne1 1856 da Ferdinando II al1'amata sorella in Brasile. Per illustrare le scelte estetiche di Teresa Cristina come collezionista e archeologa, e per esemplificare le tipologie di pezzi che avrebbe ricevuto dal fratello, la mostra presenta anche diversi esemplari concessi in prestito dal Parco Archeologico di Pompei (PAP) provenienti dalla Casa di Bacco.
La mostra illustra anche le ripercussioni, in terra italiana, de11'interscambio culturale avviato da D. Teresa Cristina e da suo fratello il re. La testimonianza di questi scambi si evidenzia grazie alla presenza di oggetti indigeni brasiliani nella Napoli borbonica e nella Roma post-unitaria. Ce lo ricorda la collezione Luigi Pigorini, oggi conservata al Museo delle Civiltà di Roma, che contribuisce alla mostra con vari artefatti e frammenti della preziosa ceramica della civiltà marajoara, frutto dell’arte di popoli indigeni che vissero nel nord del Brasile, nell’isola di Marajó (stato del Pará), alla foce del fiume Amazonas, durante il periodo precoloniale dal 400 al 1400d.C.
© SARAPEGBE.
E’ vietata la riproduzione, anche parziale, dei testi pubblicati nella rivista senza l’esplicita autorizzazione della Direzione
TEXTO EM PORTUGUÊS (Testo in italiano)
"Tra Pompei e Marajó - L'imperatrice Teresa Cristina e gli oggetti di desiderio tra Italia e Brasile": a exposição na Embaixada do Brasil em Roma
por
Antonella Rita Roscilli
Nuovi Percorsi-Sarapegbe, 29 settembre 2022
“Tra Pompei e Marajó - L'imperatrice Teresa Cristina e gli oggetti di desiderio tra Italia e Brasile", é o título da exposição que homenageia o bicentenário do nascimento da Imperatriz D. Teresa Cristina de Bourbon, esposa do Imperador Dom Pedro II. A exposição ficará aberta de 30 de setembro a 2 de novembro de 2022 na Galeria Candido Portinari na Piazza Navona em Roma, e é a segunda celebração que a Embaixada do Brasil na Itália dedica à imperatriz de origem italiana.
Nascida em Nápoles em 14 de março de 1822 e falecida no exílio em 1889, D. Teresa Cristina di Borbone delle Due Sicilie constitui um importante elo entre a Itália e o Brasil. Esta exposição, com curadoria de Evelyne Azevedo e Fernanda Marinho, também pretende homenagear os 200 anos da independência do Brasil, sempre comemorada neste ano.
O título é significativo: "Da Pompei a Marajó" é dedicado especificamente à troca de peças arqueológicas promovida por D. Teresa Cristina de Bourbon com seu irmão Dom Fernando II, rei das Duas Sicílias. Competente e apaixonada pela arqueologia, D. Teresa Cristina foi chamada também de “Imperatriz arqueóloga”. A profícua troca deu origem à Coleção Mediterrânea do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, e, por outro lado, foi uma oportunidade para a península itálica conhecer a cultura material indígena brasileira.
A peça principal da exposição é o afresco "Drago marino tra delfini", que provinha do Templo di Ísis em Pompei, que infelizmente foi destruído em 2018 no Brasil, durante um trágico incêndio que atingiu o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista. Restaurado pelo Centro di Conservazione e Restauro de La Venaria Reale, em Torino, como parte do projeto Restituzioni da Banca Intesa Sanpaolo, o afresco foi enviado em 1856 por Fernando II para sua amada irmã no Brasil. Para ilustrar as escolhas estéticas de D. Teresa Cristina como colecionadora e arqueóloga, e exemplificar os tipos de peças que teria recebido do irmão, a exposição apresenta ainda vários exemplares emprestados do Parco Archeologico di Pompei (PAP) da Casa de Baco.
A exposição também ilustra as repercussões, em solo italiano, do intercâmbio cultural iniciado por D. Teresa Cristina e seu irmão o rei. O testemunho dessas trocas é destacado graças à presença de objetos indígenas brasileiros na Napoli borbonica e na Roma pós-unificação. Convida a refletir sobre isso a coleção Luigi Pigorini, hoje em dia preservada no Museo delle Civiltà de Roma, que contribui para esta exposição, emprestando diversos artefatos e fragmentos das preciosas cerâmicas da civilização marajoara, fruto da arte dos povos indígenas que viveram no norte do Brasil, na ilha de Marajó (estado do Pará), na foz do rio Amazonas, durante o período pré-colonial de 400 a 1400 d. C.
© SARAPEGBE.
E’ vietata la riproduzione, anche parziale, dei testi pubblicati nella rivista senza l’esplicita autorizzazione della Direzione
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Antonella Rita Roscilli
Nuovi Percorsi-Sarapegbe, 29 settembre 2022
“Tra Pompei e Marajó - L'imperatrice Teresa Cristina e gli oggetti di desiderio tra Italia e Brasile", é o título da exposição que homenageia o bicentenário do nascimento da Imperatriz D. Teresa Cristina de Bourbon, esposa do Imperador Dom Pedro II. A exposição ficará aberta de 30 de setembro a 2 de novembro de 2022 na Galeria Candido Portinari na Piazza Navona em Roma, e é a segunda celebração que a Embaixada do Brasil na Itália dedica à imperatriz de origem italiana.
Nascida em Nápoles em 14 de março de 1822 e falecida no exílio em 1889, D. Teresa Cristina di Borbone delle Due Sicilie constitui um importante elo entre a Itália e o Brasil. Esta exposição, com curadoria de Evelyne Azevedo e Fernanda Marinho, também pretende homenagear os 200 anos da independência do Brasil, sempre comemorada neste ano.
O título é significativo: "Da Pompei a Marajó" é dedicado especificamente à troca de peças arqueológicas promovida por D. Teresa Cristina de Bourbon com seu irmão Dom Fernando II, rei das Duas Sicílias. Competente e apaixonada pela arqueologia, D. Teresa Cristina foi chamada também de “Imperatriz arqueóloga”. A profícua troca deu origem à Coleção Mediterrânea do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, e, por outro lado, foi uma oportunidade para a península itálica conhecer a cultura material indígena brasileira.
A peça principal da exposição é o afresco "Drago marino tra delfini", que provinha do Templo di Ísis em Pompei, que infelizmente foi destruído em 2018 no Brasil, durante um trágico incêndio que atingiu o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista. Restaurado pelo Centro di Conservazione e Restauro de La Venaria Reale, em Torino, como parte do projeto Restituzioni da Banca Intesa Sanpaolo, o afresco foi enviado em 1856 por Fernando II para sua amada irmã no Brasil. Para ilustrar as escolhas estéticas de D. Teresa Cristina como colecionadora e arqueóloga, e exemplificar os tipos de peças que teria recebido do irmão, a exposição apresenta ainda vários exemplares emprestados do Parco Archeologico di Pompei (PAP) da Casa de Baco.
A exposição também ilustra as repercussões, em solo italiano, do intercâmbio cultural iniciado por D. Teresa Cristina e seu irmão o rei. O testemunho dessas trocas é destacado graças à presença de objetos indígenas brasileiros na Napoli borbonica e na Roma pós-unificação. Convida a refletir sobre isso a coleção Luigi Pigorini, hoje em dia preservada no Museo delle Civiltà de Roma, que contribui para esta exposição, emprestando diversos artefatos e fragmentos das preciosas cerâmicas da civilização marajoara, fruto da arte dos povos indígenas que viveram no norte do Brasil, na ilha de Marajó (estado do Pará), na foz do rio Amazonas, durante o período pré-colonial de 400 a 1400 d. C.
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