“Da Napoli a Rio de Janeiro. L’Imperatrice Teresa Cristina di Borbone delle Due Sicilie e la fotografia” : mostra all’Ambasciata del Brasile a Roma.
Antonella Rita Roscilli
Napoli e Rio de Janeiro. Sec. XIX
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)

                                                                                                                                                                                                   News Sarapegbe 19 aprile  2022
Questo articolo è dedicato alla memoria dell'indimenticabile prof. Nello Avella, lusitanista, grande studioso amico e autore dell’unica  biografia sulla imperatrice D. Teresa Cristina. Lui avrebbe gioito davanti a questa prima mostra in Italia,e sicuramente lo farà dal Cielo.                                                                                                                                                                                                       ----------                                                                                                      
All’entrata lo sguardo si posa sul panorama di Napoli e del Vesuvio, poi sulla città di Rio de Janeiro e la baia di Guanabara. Si tratta di fotografie risalenti al secolo XIX  e aprono la mostra “Da Napoli a Rio de Janeiro. L’Imperatrice Teresa Cristina di Borbone delle Due Sicilie e la fotografia” che si può visitare ancora fino al 22 aprile. Inaugurata il 15 marzo 2022, espone per la prima volta in Italia, fotografie su D. Teresa Cristina di Borbone. Ospitata a Roma, nella Galleria Candido Portinari di Palazzo Pamphilj, sede dell’Ambasciata del Brasile, vuole omaggiare il Bicentenario della nascita della principessa delle Due Sicilie che dal 1843 al 1889 fu imperatrice del Brasile.   
 
Questa mostra è curata da Evelyne Azevedo e Fernanda Marinho, è gratuita e visitabile dal lunedì al venerdì, dalle ore 10.00 alle ore 17.00. Offre opere di importanti fotografi del secolo XIX, quali il brasiliano Joaquim Insley Pacheco (1830-1912), il francese Félix Nadar (1820-1910), o l’italo-tedesco Giorgio Sommer (1834-1914). Le foto provengono da varie  istituzioni come la Fundação Biblioteca Nacional di Rio de Janeiro, l’Istituto Moreira Salles di São Paulo, la Bibliotèque Nacional de France, il The J. Paul Getty Museum di Los Angeles. Raffigurano l’Imperatrice, dal contesto familiare a quello personale, grazie a fotografi che registravano paesaggi, costumi e culture. Tra le didascalie il ricordo sulla imperatrice da parte della scrittrice Nísia Floresta.
 
                                                         
D. Teresa Cristina di Borbone delle Due Sicilie nacque nella penisola italica il 14 marzo  1822, nella bella città di Napoli, capitale del regno delle Due Sicilie, nello stesso anno in cui il Brasile festeggiava l’indipendenza dal Portogallo. Era figlia di re Francesco I di Borbone e di Maria Isabella, infanta di Spagna. All’età di 21 anni andò sposa a D. Pedro II, imperatore del Brasile, e continuò la sua vita al di là dell’oceano, distinguendosi per lignaggio, dignità e azione. Furono 46 gli anni di matrimonio con l’amato imperatore, filosofo e studioso ammirato internazionalmente per la sua politica. Grazie a lei si consolidarono le relazioni diplomatiche tra i Borbone e la casa dei Bragança, ma stimolò anche un intenso flusso di scambi culturali tra Brasile e Italia. Fu sua l’idea di far arrivare a Milano il giovane compositore brasiliano Antônio Carlos Gomes, contemporaneo di Giuseppe Verdi e Giacomo Puccini, e unico non-europeo ad avere all’epoca un successo strabiliante in Italia come compositore di opere.
 
L’antica capitale dell’Impero venne soprannominata “Pianópolis”dallo scrittore Machado de Assis, come ben ricordato dal poeta e critico Marco Américo Lucchesi, già presidente della ABL, nel saggio “Mitologia das Platéias a ópera e a casa de ópera na corte (1840-1889)”, a causa dell’alto  numero di pianoforti e delle opere italiane nei teatri. D. Teresa Cristina influenzò i flussi migratori e si occupò della salute degli emigranti, oltre ad essere contraria alla schiavitù, purtroppo ancora esistente in Brasile. Grazie alla sua passione per l’archeologia, la fotografia, la musica, il Brasile ha arricchito il suo patrimonio pubblico con la Collezione Mediterranea del Museo Nazionale (drasticamente ridotta dal tragico incendio del 2018) e con più di 100.000 oggetti appartenuti all’Imperatrice conservati nella Biblioteca Nazionale di Rio de Janeiro.
 
Altre iniziative seguiranno in questo anno speciale dedicato a D. Teresa Cristina di Borbone. Come ha detto S.E. l’Ambasciatore Helio Ramos “segna il bicentenario della sua nascita, momento propizio per introdurre o rivisitare ciò che conosciamo di questa straordinaria figura storica, imprescindibile per lo sviluppo delle arti e della cultura nel Brasile indipendente, soprattutto embrionale per i legami che da allora si sarebbero stabiliti tra i nostri Paesi”.




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TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)

"Da Napoli a Rio de Janeiro. L’Imperatrice Teresa Cristina di Borbone delle Due Sicilie e la fotografia”: exposição na Embaixada do Brasil em Roma.
por
Antonella Rita Roscilli


                                                               
 
                                                                                                                                 News Sarapegbe. 19 aprile 2022
Este artigo é dedicado ao inesquecivel e saudoso prof. Nello Avella, lusitanista, grande estudioso italiano amigo, e autor da única  biografia sobre a imperatriz D. Teresa Cristina. Ele se alegraria muito diante desta primeira exposição na Itália, e certamente o fará lá no Céu.
                                                                                                                                                                   

São estes os últimos dias para visitar a exposição "Da Napoli a Rio de Janeiro. L’Imperatrice Teresa Cristina di Borbone delle Due Sicilie e la fotografia". Entrando, logo admiramos uma fotografia com vista panorâmica da cidade de Nápoles e seu vulcão Vesúvio. Em seguida, eis uma fotografia com vista panorâmica do Rio de Janeiro e sua Baía de Guanabara: datam do século XIX e abrem a exposição que pela primeira vez na Itália, mostra fotografias de D. Teresa Cristina de Bourbon. Instalada em Roma, na Galeria Candido Portinari do Palazzo Pamphilj, sede da Embaixada do Brasil, visa homenagear o Bicentenário do nascimento da princesa das Duas Sicílias, que virou imperatriz do Brasil de 1843 a 1889.
 
Com curadoria de Evelyne Azevedo e Fernanda Marinho, a expo é gratuita e pode ser visitada de 15 de março até 22 de abril de 2022, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 17h00. Oferece reproduções de obras de importantes fotógrafos do século XIX, como o brasileiro Joaquim Insley Pacheco (1830-1912), o francês Félix Nadar (1820-1910) ou o ítalo-alemão Giorgio Sommer (1834-1914).
 
As fotografias chegam de várias instituições quais a Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, o Instituto Moreira Salles de São Paulo, a Bibliotèque Nacional de France, o Museu J. Paul Getty de Los Angeles. Retratam a Imperatriz, no contexto familiar e pessoal, graças a estes fotógrafos que viajaram pelo mundo inteiro, registrando paisagens, costumes e culturas. Entre as legendas que acompanham as fotos, destaco aqui a que acompanha a chegada da imperatriz no Brasil, relatada pela escritora brasileira Nísia Floresta.

                                                             
                                                             Napoli e Rio de Janeiro. Séc. 19
 
D. Teresa Cristina de Bourbon das Duas Sicílias nasceu na península itálica em 14 de março de 1822, na bela cidade de Nápoles, capital do reino das Duas Sicílias, no mesmo ano em que o Brasil celebrava sua independência de Portugal. Era filha do rei Francisco I de Bourbon e Maria Isabel, infanta da Espanha. Aos 21 anos casou-se com D. Pedro II, imperador do Brasil e continuou sua vida além do Oceano, destacando-se pela linhagem, como também pela dignidade e ação. Foram 46  anos de casamento com o amado imperador, filósofo e estudioso, admirado internacionalmente por sua política. E graças a D. Teresa Cristina, as relações diplomáticas entre os Bourbons e a casa dos Bragança se consolidaram, estimulando um intenso fluxo de intercâmbios culturais entre Brasil e Itália.
 
Foi idéia dela, por exemplo, levar para Milão o jovem compositor Carlos Gomes, contemporâneo de Verdi e Puccini, único não-europeu a fazer sucesso na Itália da época como compositor de óperas. A antiga capital do Império foi chamada pelo escritor Machado de Assis de "Pianópolis", conforme o poeta e critico Marco Américo Lucchesi, ex presidente da ABL, no ensaio “Mitologia das Platéias a ópera e a casa de ópera na corte (1840-1889)”, graças ao grande número de piano e de óperas italianas nos teatros da cidade. D. Teresa Cristina também influenciou os fluxos migratórios e cuidou da saúde dos imigrantes, além de se manifestar, de alguma forma, contra a escravidão, um drama que continuava existindo no Brasil.
 
Graças à sua paixão pela arqueologia, fotografia e música, o Brasil enriqueceu seu patrimônio  público com a Coleção Mediterrânea do Museu Nacional (drasticamente reduzida pelo trágico incêndio de 2018), e com mais de 100.000 objetos que pertenceram à Imperatriz, guardados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.
 
Ainda acontecerão outros eventos neste ano especial de D. Teresa Cristina de Bourbon. Conforme S.E. Embaixador Hélio Ramos "marca o bicentenário de seu nascimento, momento propício para apresentar ou re-visitar o que sabemos dessa extraordinária figura histórica, essencial para o desenvolvimento das artes e da cultura no Brasil independente e, sobretudo, embrionária para os laços que, desde então, teriam se estabelecido entre nossos países”.







 
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Traduzione in portoghese di A.R.R.