Amazzonia: Casa Comune a Roma
Roberto Carrasco-OMI
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)

                                                                                                                                                                                             News Sarapegbe 28 settembre 2019 
In vista del Sinodo per l'Amazzonia, è iniziato Amazzonia: Casa Comune, un percorso articolato, che riunisce diverse istituzioni e organizzazioni della Chiesa, con l'obiettivo di creare uno spazio di dialogo e di ascolto, che affianchi i Padri Sinodali in questo ottobre 2019 a Roma.
 
Ricordando l'esperienza della tenda dei Martiri di Aparecida - Brasile 2007, si cerca di fare in modo che tutti possano arricchire questo spazio con interazione e comunicazione tra le persone, secondo lo spirito amazzonico. Non si tratta solo di presentare varie attività, ma di esercitarsi nella comunicazione e nel dialogo interculturale, interagendo con il nuovo, il diverso, l'ancora ignoto.
 
Amazzonia: Casa Comune è uno sforzo per fare presente la vita dell'Amazzonia e di chi la abita. In Amazzonia, la 'maloca' è il luogo in cui i membri delle comunità indigene si siedono semplicemente per stare insieme, ascoltarsi, celebrare ed essere in grado di discernere ciò che accade nella vita della comunità.

Amazzonia: Casa Comune a Roma ha questo spirito, è come la "Grande Maloca" alla quale siamo tutti invitati, quindi, in questo spazio siamo tutti ospiti. I nostri fratelli indigeni sono gli attori e i protagonisti di questo spazio. Loro ci invitano a parlare. Noi facilitiamo questo incontro, sia tra i capi indigeni di varie regioni, sia tra loro e noi che veniamo dall'esterno. Possa essere la loro voce ad aiutare i Padri sinodali a discernere i nuovi percorsi che la Chiesa deve trovare, per rispondere al grido dei poveri e della Casa comune.
 
È importante comprendere che Amazzonia: Casa Comune non è un forum, né uno spazio in cui ciascuno si limita a "mostrare" ciò che sa fare. Tutti noi, in un atteggiamento di ascolto, permettiamo che la voce dei popoli amazzonici risuoni: in noi, nelle diverse organizzazioni, nella Chiesa e nel mondo. Non basta che ogni stella brilli, è necessario che insieme brilliamo come stelle e diamo la luce migliore per abbellire la notte, una notte che tende a diventare sempre più scura. L'Amazzonia sta urlando e nelle sue profondità i suoi figli e le sue figlie urlano. Non possiamo restare indifferenti.
 
Amazzonia: Casa Comune è uno spazio ecclesiale nel quale discuteremo di questioni che i nostri fratelli dell'Amazzonia considerano prioritarie. È uno spazio in cui si sviluppano riflessione, discussione, dialogo, conversazioni, ma soprattutto ascolto. Uno spazio in cui prevalgono le sue voci e non i nostri interessi.
 
In questo spirito, siamo invitati a partecipare a una grande tenda, una grande maloca, una grande opportunità. Vogliamo rendere questo spazio un luogo di incontro e dialogo interculturale nel cuore della Chiesa cattolica, insieme a Papa Francesco, "nostro nonno", "nostro saggio", come lo chiamano i popoli indigeni. Dobbiamo incontrare ogni viso amazzonico e guardarci faccia a faccia. Percorrere insieme questi nuovi cammini con rispetto, tolleranza, scambio, accettazione, apertura, reciprocità, dialogo e ascolto.
 




Si ringrazia per la gentile concessione. Contenuto in: "El Trochero" https://robertocrblog.com/
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Padre Roberto Carrasco: Missionario OMI (Oblati di María Immacolata), giornalista


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TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)

AMAZÔNIA: CASA COMUM EM ROMA
por

Roberto Carrasco, OMI
 
                                                                 
                                                                                                            News Sarapegbe 28 settembre 2019 
Tendo em vista o Sínodo para a Amazônia, iniciou-se um processo de articulação que reúne várias instituições e organizações da igreja com o objetivo de gerar um espaço de diálogo e escuta, que caminha ao lado dos padres sinodais em outubro de 2019 em Roma.
 
Recordando qual foi a experiência da “tenda dos mártires” em Aparecida – Brasil 2007, busca-se que possamos todos enriquecer esse espaço de interação e comunicação entre as pessoas com o espírito amazônico. Não é apenas para apresentar várias atividades, é o exercício da comunicação e do diálogo intercultural, interagindo com o novo, o diverso, o ainda desconhecido.
 
Amazônia: Casa Comum é um esforço para tornar presente a vida da Amazônia e os que nela habitam. Na Amazônia, a Maloca é o lugar onde as comunidades indígenas se sentam e simplesmente ouvem-se, celebram e conseguem discernir o que está acontecendo na vida da Comunidade.
 
Amazônia: Casa Comum em Roma tem esse espírito, é como a "grande maloca" a que todos nós somos convidados, portanto, neste espaço somos hóspedes. Nossos irmãos indígenas são atores e protagonistas deste espaço. Convidam-nos a dialogar com eles. Somos os facilitadores deste encontro, tanto entre os líderes indígenas de várias regiões, quanto entre eles e aqueles que vêm de fora. Que seja a voz desse povo que ajude os padres sinodais a discernir os novos caminhos que a igreja precisa encontrar para saber como responder a esse grito dos pobres e da casa comum.
 
É importante que compreendermos que a Amazônia: casa comum não é um fórum, nem um espaço para que todos simplesmente “mostrem” o que ele sabe fazer. Todos nós, em uma atitude de escuta, facilitaremos o ressoar da voz dos povos amazônicos em nós, nas organizações, na Igreja e no mundo. Não se trata de fazer brilhar cada estrela, mas do brilho conjunto dessa constelação para embelezar e iluminar a noite, uma noite que quer se transformar em trevas. A Amazônia está gritando e dentro dela gritam também seus filhos e filhas. Não podemos ser indiferentes.
 
Amazônia: Casa Comum é um espaço eclesial do qual vamos lidar com assuntos que nossos irmãos amazônicos colocam como uma prioridade. Um espaço onde a reflexão, a discussão, o diálogo, as conversas e, acima de tudo, o ouvir e desenvolver. Um espaço onde seus gritos e seus clamores são, não os nossos interesses, mas aqueles que prevalecem acima de nós.
 
Neste espírito, somos chamados a participar de uma grande tenda, de uma grande maloca, de uma grande oportunidade. Trabalhemos para tornar este espaço um lugar de encontro e de diálogo intercultural no coração da Igreja Católica, juntamente com o Papa Francisco, "nosso avô", "nosso sábio", como os povos indígenas o chamam. Precisamos conhecer cada rosto da Amazônia e olhar face a face para cada um. Que possamos juntos percorrer por estes novos caminhos, com o respeito, tolerância, intercâmbio, aceitação, abertura, reciprocidade, diálogo e escuta.
 


Publicado em: "El Trochero" https://robertocrblog.com/
Padre Roberto Carrasco: Missionário (OMI-Oblati di Maria Immacolata), jornalista