Il musicista brasiliano Berg Campos insegna ai giovani di Niterói dopo 30 anni passati in Italia
Antonella Rita Roscilli
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)




                                                                                                                             Newsletter Sarapegbe 26/2/2015
"Devo ai tamburi tutto ciò che ho conquistato nella mia vita. Il mio obiettivo ora è mostrare a quei giovani che  non hanno prospettive di futuro, che questo invece è un cammino per non perdersi e riuscire nella vita": a parlare è Berg Campos, percussionista brasiliano, un cuore diviso in due tra amore per l'Italia e per il suo paese d'origine dove è tornato da qualche tempo.

Porta avanti un Progetto Solidale nelle comunità povere di Niteroi, nell'ambito del Projeto Semente, ideato dal Comune di Niteroi, stato di Rio de Janeiro. Oltre ad insegnare percussioni, nei suoi corsi, racconta ai ragazzi la sua storia, le sue esperienze perchè possano servire a chi ha il dono della musica per insistere e crederci, per avere un obiettivo di vita. "Il brasiliano ha una tradizione molto forte nel campo delle percussioni. E' qualcosa di naturale, che non esiste in nessun altro posto del mondo" dice.

Berg ha vissuto per ben 30 anni nel nostro Paese. Noto al pubblico della Rai-Tv in quanto per anni è stato un componente dell’orchestra del Maestro Sandro Comini del programma “Domenica In” su Raiuno, è ideatore e animatore del gruppo "Anima Tribal", ha al suo attivo tournee con il clarinettista de jazz Tony Scott, collaborazioni con Shakira, Michael Bublé. In Italia ha fatto parte del gruppo  “Napoli Centrale”, densa officina musicale dove è cresciuto il grande Pino Daniele.

Ha collaborato  con il gruppo “Banda do Pelô” che in Italia ha aperto diversi concerti di  di Glberto Gil , Caetano Veloso e Gal Costa. Ha suonato nel disco dell'artista italiano Sergio Cammariere “Il Pane il vino e la visione” partecipando anche ad alcune date della tournee. In una edizione della Notte Bianca si e’ esibito a Roma per l’Associazione Nuovi Orizzonti Latini con il suo gruppo. Ha collaborato com la Rai partecipando a vari spettacoli televisivi diretto da maestri quali Pippo Caruso e Leonardo De Amicis. Insomma Berg Campos ha un curriculum artistico importante.

Nato nel Minas Gerais e cresciuto nello stato di Rio de Janeiro, nella Baixada Fluminense, Berg si considera un cittadino del mondo. In realtà, grazie alle sue radici è riuscito ad oltrepassare frontiere e a diventare un professionista ammirato in diversi paesi. E' nato in una famiglia della religione dell'Umbanda e del Candomblé. Per questo ha avuto contatti con i tamburi fin da piccolo.

E' tornato a vivere in Brasile alla fine del 2013, all'età di 45 anni,  a causa della crisi economica italiana, dopo che la Rai ha dispensato buona parte dei musicisti della sua orchestra. "Ho nostalgia dell'Italia, sai" mi dice "Qui in Brasile ho a cuore questo mio progetto sociale ed è molto importante per me, oltre alla mia attività musicale, ma non dimentico l'Italia dove ho vissuto per trent'anni e ci sono stato molto bene. Devo dire che lì in termini di questione razziale si è più avanti. In Brasile, si dice che esiste una armonia tra tutte le culture e le etnie, ma non è vero. In realtà esiste ancora molto preconcetto contro gli afrodiscendenti"  

Oggi Berg viene chiamato in Italia per alcuni eventi come il concerto annuale per il Presidente della Repubblica. La prima volta che arrivò in Italia fu all'età di 16 anni, invitato da un amico per integrare una compagnia artistica brasiliana che si esibiva in Italia. All'epoca la sua unica esperienza con la musica era nei blocchi di carnevale della Baixada Fluminense, ma lui era anche un capoeirista abile e aveva pratica di danza. "Andai senza alcuna prospettiva perchè i candidati erano centinaia i posti erano solo tre. Ma alla fine fui uno dei prescelti" racconta. E di questa forza, di questa sua storia, della musica e di come sia importante non desistere dai sogni, oggi Berg Campos in Brasile si occupa del suo progetto sociale con i ragazzi delle comunità povere di Niteroi, quei bambini e ragazzi per i quali organizza  work-shop e dà lezioni di percussioni. e spera di poterlo allargare anche ad altri Paesi.
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TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)

O músico brasileiro Berg Campos ensina para os jovens de Niterói após 30 anos na Itália
por
Antonella Rita Roscilli


                                                                             

                                                                                                                                                                       Newsletter Sarapegbe 26/2/2015
"Devo aos tambores tudo que conquistei na vida. O meu objetivo agora é mostrar para aqueles jovens que muitas vezes não têm perspectiva alguma de futuro, que esse é um caminho para não se perder, esse pode ser um caminho para se realizar na vida": assim diz Berg Campos, percussionista brasileiro, um coração grande que contém o amor pela Itália e para o seu país de origem, onde voltou ha algum tempo.
 
Desde o início do ano, ele leva a sua experiência e história de vida para comunidades carentes de Niterói em oficinas do Projeto Semente, criado pela prefeitura de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro. Além de ensinar percussão, em seus cursos, conta para as crianças, sua própria história, suas experiências, porque possam servir de exemplo para os que têm o dom da música e para que insistam, tenham um objetivo de vida. "O brasileiro tem uma tradição muito forte no campo da percussão. É algo natural, que não existe em nenhum outro lugar do mundo", diz ele.
 
Berg viveu por 30 anos na nossa Itália. Conhecido do público da RAI-TV por ser durante anos um membro da orquestra do Maestro Sandro Comini no famoso programa  "Domenica In" na RAI, Berg è fundador e lider do grupo "Alma Tribal", tem no seu curriculum tournée com o clarinetista de jazz Tony Scott, colaborações com Shakira e Michael Bublé. Na Itália, ele fez parte do importante grupo "Napoli Centrale" do qual fez parte por muito tempo o grande artista Pino Daniele.
 
Colaborou com a banda "Banda do Pelô", que na Itália abriu vários shows de Glberto Gil, Caetano Veloso e Gal Costa. Ele tocou no disco do artista italiano Sergio Cammariere com titulo “Il Pane il vino e la visione” e participando também de algumas datas da turnée. Colaborou com a Rai-TV participando de varios espetaculos televisivos em orquestras dirigidas por Maestres ilustres como Pippo Caruso e leonardo De Amicis. Podemos dizer que o currículo artístico de Berg Campos è importante.
 
Nascido em Minas Gerais e criado no estado do Rio de Janeiro, na Baixada Fluminense, Berg Campos se considera um cidadão do mundo. Na verdade, graças às suas raízes conseguiu atravessar as fronteiras e tornar-se um profissional admirado em vários países. Nasceu em uma família de religião Umbanda e Candomblé. Por isso, desde criança, ele teve contato com os tambores.
 
Com 45 anos de idade, voltou a viver no Brasil no final de 2013, devido à crise econômica italiana, por causa da qual a Rai dispensou a maioria dos músicos de sua orquestra. "Eu sinto saudade da Itália - diz ele - mas aqui no Brasil este meu projeto social agora é muito importante para mim, além da minha atividade musical. Mas não posso esquecer a Itália, onde vivi durante 30 anos. Estão bem mais avançados na questão racial também. No Brasil, apesar de se dizer que existe uma harmonia entre todas as raças, acho que o preconceito contra o negro ainda é muito presente".

Hoje em dia Berg Campos volta na Itália somente para alguns eventos, como o concerto anual para o Presidente da República. Foi aos 16 anos, a convite de um amigo, que Campos fez um teste para integrar uma companhia artística brasileira que atuava na Itália. Na época, a sua única experiência com a música era nos blocos de carnaval da Baixada Fluminense. Além disso, Campos era um capoeirista habilidoso e tinha prática em dança. — Fui sem nenhuma expectativa. Eram centenas de candidatos para três vagas. No fim das contas, acabei sendo um dos escolhidos — conta.

Na época, sua única experiência com a música era nos blocos de Carnaval da Baixada Fluminense, mas ele também era um capoeirista qualificado e teve a prática da dança. "Eu fui sem perspectiva porque os candidatos eram centenas lugares foram apenas três. Mas no final, fui um dos escolhidos"- diz. E esta sua força, esta sua história de vida, o amor para a música, para os tambores e como é importante não desistir dos sonhos: hoje Berg Campos no Brasil fala disso no seu Projeto com as crianças nas comunidades carentes de Niterói, aquelas mesmas crianças para as quais organiza workshops e dá aulas de percussão, esperando de levar este seu admiravel projeto também para outros lugares.

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Antonella Rita Roscilli, giornalista, brasilianista, scrittrice e traduttrice. Da oltre venti anni si dedica in Europa alla divulgazione della cultura latinoamericana, cultura e attualità del Brasile e Paesi dell’Africa di lingua portoghese, attraverso programmi radiofonici, interventi in convegni, pubblicazioni in quotidiani, riviste nazionali e internazionali e nel'area accademica. Ha fondato e dirige la Rivista Internazionale di Dialogo Interculturale "Sarapegbe". Ideatrice nell'area documentaristica. Laureata in Italia in Lingua e Letteratura Brasiliana, è Mestra em Cultura e Sociedade presso l'Università Federale in Brasile. In Brasile è membro corrispondente della Academia de Letras da Bahia e appartiene all'Instituto Geográfico e Histórico (IGHB). E' biografa della memorialista italo-brasiliana Zélia Gattai Amado su cui ha pubblicato le opere Zélia de Euá Rodeada de Estrelas (ed. Casa de Palavras, 2006), Da palavra à imagem em “Anarquistas, graças a Deus” (ed. Edufba/Fapesb, 2011). Ha curato in Italia la post-fazione dell’edizione del libro Un cappello di viaggio (ed. Sperling &Kupfer).