Parlare di Gianni Amico
Roque Araújo
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)


Parlare di Gianni Amico è avere il ricordo di un regista amico del cinema. Fare un film è molto facile, ma mettere amore in ciò che si fa è un'altra cosa. Io questo l'ho visto in Gianni Amico, perché ha aiutato e ha dato opportunità a tutti quelli arrivavano, sia nel cinema che nella musica. Era estremamente generoso con artisti come Gil, Caetano, Batatinha, Osmar e Dodô e altri, proprio come lo era con me.                    

Ho avuto il privilegio di fare tutti i film che ha girato qui in Brasile, e ricordo, come fosse oggi, le prime scene con Gilberto Gil alla porta della Chiesa do Carmo, e sento persino la voce di Gianni che parlava con affetto alle persone che si fermavano a guardare le riprese. Era un vero amico e ammirerò sempre quest’italiano dal cuore brasiliano.

   
           
Glauber Rocha e alla sua destra Roque Araújo, con occhiali e cappello bianco. Archivio personale R.A.                               


        Museu do Cinema Roque Araújo - Cachoeira (Bahia-Brasil)


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Roque Araújo. "Ho iniziato a vent'anni e ora sono 64 anni che lavoro nel cinema. Ho partecipato al  primo lungometraggio baiano diretto da Roberto Pires nel 1958. Poi ho seguito Glauber Rocha e la sua traiettoria da Barravento al film A idade da terra, che è stato il tuo ultimo film. Ho lavorato anche con altri grandi registi, come Gianni Amico, Rui Guerra, Alex Viana, Nelson Pereira dos Santos, Alberto Davessa, Anselmo Duarte, Francisco Ramalho, Bruno Barreto, José Eduardo Alcazar, Eduardo Coutinho, Walter Lima, tra gli altri. Sono stato dirigente sindacalista nella lotta per la regolamentazione della professione cinematografica, e riuscii a vincerla il 24 maggio 1978 (con la Legge 6.533/98 che regola in Brasile l'esercizio delle professioni di artisti e tecnici di spettacolo e cinema. N.d.T). Ho prodotto e diretto tre film: O Dendê, Ouricuri, Caprinos e ouvinos do Nordeste brasileiro. Nel 1978 sono andato a girare i Mondiali in Argentina, poi ho diretto il film DNOCS. Nel 1982 ho prodotto, diretto e montato No Tempo de Glauber e nel 1985 fui presidente fondatore del sindacato dei lavoratori dell'industria cinematografica. Rimasi in carica fino al 31 dicembre 1993. Nel 1994, tornai a Bahia e presi un dipartimento a Dimas, della Fondazione Culturale dello Stato di Bahia, dove rimango tuttora in qualità di vicedirettore della Diretoria de Audiovisual - Dimas.
Nel 2006 ho ricevuto il primo titolo di Doutor Honoris Causa dalla Facoltà di Conceição de Almeida, nel 2007 il secondo tramite la Fundação Luiz Aldemir Flamir e UNI - American Universidade Corporativa das Américas, e il terzo nel 2008, Fundação Ibero-Americana.
Ho fondato l’ Instituto Roque Araújo de Cinema e Audiovisual e Museu do Cinema a Bahia nel 2010 e nel 2014 ho realizzato il film Glauber em Defesa do Cinema, per ricordare i 33 anni senza Glauber."
Questa è una parte della storia del grande Roque Araújo.
http://institutoroquearaujo.blogspot.com/


Traduzione dal portoghese di A.R.R.


© SARAPEGBE.                                                     
E’ vietata la riproduzione, anche parziale, dei testi pubblicati nella rivista senza l’esplicita autorizzazione della Direzione
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TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)

Falar de Gianni Amico
por
Roque Ara
újo

                                                             

Falar de Gianni Amico é ter uma lembrança de um diretor amigo do Cinema. Fazer um filme é muito fácil, mas ter amor ao que se faz è outra coisa. Eu vi isso em Gianni Amico, pois ele ajudava e dava oportunidade à todos que chegavam, tanto no cinema quanto na musica. Ele foi extremamente generoso com artistas como Gil, Caetano, Batatinha, Osmar e Dodô e outros, assim como foi comigo.
                                                    

Eu tive o privilégio de fazer todos os filmes que ele rodou aqui no Brasil, e me lembro como hoje das primeiras cenas com Gilberto Gil na porta da Igreja do Carmo, e chego a ouvir a voz de Gianni que carinhosamente falava às pessoas que ficavam olhando a gravação. Ele era um verdadeiro amigo e eu sempre terei admiração por aquele italiano de coração brasileiro.

                                     
                                          Glauber Rocha e alla sua destra, Roque Araújo, con occhiali e cappello bianco.  Archivio R.A.                                        
                                                         
                                               
                                                 
Museu do Cinema Roque Araújo - Cachoeira (Bahia-Brasil)



© SARAPEGBE.                                                     
E’ vietata la riproduzione, anche parziale, dei testi pubblicati nella rivista senza l’esplicita autorizzazione della Direzione

Roque Araújo. "Comecei com vinte anos e já fiz 64 anos de cinema, e participei do primeiro filme de longa-metragem baiano dirigido por Roberto Pires em 1958. Depois eu acompanhei Glauber Rocha e sua trajetória, de Barravento até o filme A idade da terra, o qual foi o seu último filme. Também trabalhei com outros grandes diretores, como Giovanni Amico, Rui Guerra, Alex Viana, Nelson Pereira dos Santos, Alberto Davessa, Anselmo Duarte, Francisco Ramalho, Bruno Barreto, José Eduardo Alcazar, Eduardo Coutinho, Walter Lima, entre outros. Fui dirigente sindicalista na luta pela regulamentação da profissão cinematográfica, conseguindo  realizá-la em 24 de maio de1978 (com a Lei 6.533/98 que regula o exercício das profissões de artistas e técnicos em espetáculos de diversão. N.d.T). Produzi e dirigi três filmes: O Dendê, Ouricuri, Caprinos e ouvinos do Nordeste brasileiro. Em 1978 fui filmar a Copa do Mundo na Argentina, depois dirigi o filme DNOCS em atividade. Em 1982 produzi, dirigi e fiz a montagem de No Tempo de Glauber e em1985 fui presidente fundador do sindicato dos trabalhadores na indústria cinematográfica; fiquei no cargo até 31 de dezembro de 1993. Em 1994, retornei à Bahia e assumi um departamento na Diretoria de Audiovisual-Dimas, da Fundação Cultural do Estado da Bahia, onde ainda permaneço como subgerente da Dimas.
Em 2006 recebi o primeiro título de Doutor Honoris Causa da Faculdade de Conceição de Almeida, em 2007 o segundo por meio da Fundação Luiz Aldemir Flamir e UNI - American Universidade Corporativa das Américas, e o terceiro em 2008, pela Fundação Ibero-Americana.
Fundei o Instituto Roque Araújo de Cinema e Audiovisual e Museu do Cinema aqui na Bahia em 2010, e em 2014 fiz o filme Glauber em Defesa do Cinema, ao lembrar os 33 anos sem Glauber."
Aí está uma porção da história de Roque Araújo.
http://institutoroquearaujo.blogspot.com/