Batatinha a "Bahia de Todos os Sambas" - Roma, 1983
Lucas Batatinha
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)

Tra i tanti nomi importanti che parteciparono a "Bahia de Todos os Sambas" a Roma c'era il grande sambista Batatinha. Oscar da Penha, Batatinha, nella sua vita iniziò a lavorare molto presto. Infatti aveva solo 10 anni quando faceva l'ebanista a Salvador, sua città natale. Cominciò  a comporre e a cantare dopo aver ascoltato per la prima volta un samba di Vassourinha, compositore di Rio de Janeiro. 

                                                           

A metà degli anni Quaranta lavorava come impiegato presso il giornale "Diário de Notícias". Fu in quel tempo che compose il suo primo samba, intitolato "Inventor do Trabalho". Cantò le sue prime composizioni a Rádio Sociedade da Bahia. Conosciuto come Vassourinha, per via  dell'influenza del cantante  di samba carioca, Batatinha disse a tutti che le sue canzoni erano state create da altri compositori, nella speranza che il suo lavoro venisse apprezzato di più. Il trucco non funzionò molto bene, ma bastò ad ammaliare Antônio Maria, che coniò per lui il nome d'arte che avrebbe finito per accompagnarlo per il resto della sua carriera artistica: Batatinha. Nel gergo dell'epoca voleva indicare una "persona buona".

                                                               

Gli piaceva suonare con scatole di cerini che usava anche per comporre. Si dovette aspettare che il cantante di samba di Rio de Janeiro Jamelão registrasse la canzone  "Jajá da Gamboa", nel 1960, perchè il lavoro di Batatinha iniziasse ad essere ascoltato con maggiore attenzione. Una giovane cantante di nome Maria Bethânia, originaria di Santo Amaro, divenne una delle sue prime fan tanto da includere  alcune canzoni del compositore nel suo spettacolo di debutto a Salvador nel 1961. Bethânia finì per essere la grande interprete del lavoro di Batatinha: incise "Diplomacia" (Batatinha e J. Luna), “Só Eu Sei” (sempre con J. Luna), “Toalha da Saudade”, “Imitação” e “Hora da Razão”.

                                                                        
Sposato con Dona Marta e padre di nove figli, Batatinha lavorava durante il giorno come dipendente pubblico nella stampa ufficiale di Bahia e, di notte, come tipografo presso il "Diário de Notícias". Circondato da ammiratori, venne omaggiato da Paulinho da Viola che compose per lui "Ministro do Samba". Era il 1973.

                                                                                         
Nel 1996, i compositori baiani Antônio Paquito e Jota Velloso, dopo lunghi incontri con il musicista di samba, iniziarono ad organizzare un disco per rendere un tributo a Batatinha. Il CD finì per essere pubblicato nel 1998, un anno dopo la sua morte. Con il titolo Diplomacia, il CD racchiude ben 17 pezzi eseguiti dal compositore e da altri artisti invitati quali Gilberto Gil, Chico Buarque de Hollanda, Caetano Veloso e Maria Bethânia.

Batatinha si ritirò dal "Diário de Notícias" e morì all'età di 73 anni, dopo aver registrato il suo ultimo album. La compositrice e amica Jeová de Carvalho l'ha definito così: "una testa piena di capelli bianchi: ogni ciocca una nota musicale".



Fonte: Wikipedia (edizione Lucas Batatinha)

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   Lucas Batatinha. Ha frequentato la Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia e ha una vasta esperienza come designer grafico, com diverse partecipazioni nella decorazione del carnevale e autore di costumi per blocos afro di carnevale espressivi come quello di Olodum, Filhos de Gandhy, Banda Didá , Os Negões, Pagode Total, Aspiral do Reggae, Kuviteiras, Tambores e Toalha da Saudade. Lucas riunisce nei suoi dipinti tutta questa esperienza e realizza uno stile personale, organizzato, creativo, al di fuori degli schemi superficiali. Nato nel centro storico di Salvador nel 1962, conosce molto bene le bellezze e le ricchezze della vecchia città. Ma conosce anche i problemi sociali che affliggono la popolazione di  Salvador, in particolare la numerosa popolazione afrodiscendente. Il suo lavoro non possiede solo l'aspetto estetico compiuto correttamente, ma esiste la preoccupazione di riportare il lato sociale e captare  l'esperienza quotidiana. Essendo il figlio del nostro più importante sambista, Mestre Batatinha, è naturale che abbia ereditato il gusto per l'arte di buona qualità. Il padre faceva buona musica e il figlio fa una buona pittura. (Justino Marinho-Professore della Escola de Belas Artes- UFBA)


Traduzione dal portoghese di A.R.R.
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TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)

BATATINHA NO "BAHIA DE TODOS OS SAMBAS" - ROMA, 1983.
por
Lucas Batatinha


                                                              

Entre os artistas que participaram ao evento "Bahia de Todos os Sambas" em Roma, em 1983 havia o sambista Batatinha. Oscar da Penha, Batatinha, começou a trabalhar muito cedo na vida, aos 10 anos, como marceneiro em Salvador, sua cidade natal. Passou a compor e a cantar depois de ouvir pela primeira vez um samba do compositor carioca Vassourinha. Em meados da década de 1940, trabalhou como office-boy no Diário de Notícias. Nessa época, Batatinha compôs seu primeiro samba, intitulado "Inventor do trabalho".
                                                                      
Cantou suas primeiras composições na Rádio Sociedade da Bahia. Conhecido como Vassourinha, devido à influência do sambista carioca, Batatinha dizia a todos que suas canções eram feitas por outros compositores, na esperança de que o seu trabalho fosse mais valorizado. A artimanha acabou não dando muito certo, mas foi suficiente para encantar Antônio Maria, que lhe deu o apelido que acabaria o acompanhando pelo resto de sua carreira: Batatinha, que, na gíria da época, significava gente boa. Gostava de batucar na caixa de fósforos, que usava também para compor.
                                                                       

Foi preciso que o sambista carioca Jamelão gravasse uma de suas canções, "Jajá da Gamboa", em 1960, para que o trabalho de Batatinha começasse a ser ouvido com mais atenção. Uma, então, jovem cantora, chamada Maria Bethânia, de Santo Amaro, tornou-se uma de suas primeiras fãs e incluiu algumas canções do compositor em seu show de estreia em Salvador, em 1961. Bethânia acabou sendo a grande intérprete de sua obra: gravou “Diplomacia” (Batatinha e J. Luna), “Só Eu Sei” (também com J. Luna), “Toalha da Saudade”, “Imitação” e “Hora da Razão”. Casado com Dona Marta e pai de nove filhos, Batatinha trabalhava de dia como funcionário público na Imprensa Oficial da Bahia e, à noite, como tipógrafo no Diário de Notícias. Cercado de admiradores, foi homenageado por Paulinho da Viola, que compôs para ele “Ministro do Samba”, em 1973.
                                                                                
Em 1996, os compositores baianos Antônio Paquito e Jota Velloso, depois de longos encontros com o sambista, começaram a organizar um disco em sua homenagem, o qual acabou sendo lançado somente um ano depois de sua morte, em 1998.                                                 
Batizado de Diplomacia, o CD reúne 17 canções interpretadas pelo compositor e convidados, como Gilberto Gil, Chico Buarque, Caetano Veloso e Maria Bethânia. Aposentou-se pelo Diário de Notícias e morreu aos 73 anos, após gravar o último disco. O compositor e amigo Jeová de Carvalho, assim o definiu: "uma cabeça cheia de cabelos brancos: cada fio uma nota musical".



Fonte: Wikipedia (edição Lucas Batatinha)
 

Lucas Batatinha. Teve passagem pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia e possui vasta experiência como designer gráfico, participações diversas em decoração carnavalesca e autor de fantasias para blocos expressivos do carnaval como Olodum, Filhos de Gandhy, Banda Didá, Os Negões, Pagode Total, Aspiral do Reggae, as Kuviteiras, Tambores e Cores e Toalha da Saudade. Lucas reúne em suas pinturas toda essa vivência e realiza uma escrita pessoal, organizada, criativa e fora de apelações superficiais. Nascido no centro histórico de Salvador em 1962, conhece muito bem as belezas e riquezas da velha cidade. Mas conhece também os problemas sociais que afligem a gente soteropolitana, sobretudo a grande população afro-descendente. Seu trabalho não registra apenas o visual bem feito e correto. Existe a preocupação em registrar o lado social e a captação da vivência diária. Sendo filho do nosso mais importante sambista, o Mestre Batatinha, é natural que tenha herdado o gosto pela arte de boa qualidade. O pai fazia uma boa música e o filho faz uma boa pintura. (Justino Marinho Professor da Escola de Belas Artes - UFBA)