In Brasile si inaugura la "BIBLIOTECA LINDA BIMBI"nel Campus Avaré dell'IFSP di São Paulo
Antonella Rita Roscilli
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)

                                                                                                                                    News Sarapegbe 20 settembre 2019

"Siamo scie sull’acqua. Destinate a perderci nel mare dell’universo. Se non fosse per l’Altro che ci accoglie. E per gli altri, che conservano alcune delle nostre gocce..." diceva Linda Bimbi che per tanti anni fu direttrice della sezione internazionale della Fondazione Leslie e Lelio Basso a Roma. Alla difesa dei diritti e alla costruzione di un domani di pace per le future generazioni, l' attivista ed educatrice ha dedicato tutta la vita fino al 2016, quando, all'età di 91 anni si è spenta nella casa che condivideva con altre laiche impegnate nella difesa dei diritti umani a Roma.

Linda Bimbi trascorse in Brasile anni molto importanti della sua vita. Proprio per renderle omaggio, il 20 settembre 2019 viene inaugurata a São Paulo la "Biblioteca Linda Bimbi" nel Campus Avaré dell' IFSP- dell'Instituto Federal da Educação, Ciência e Tecnologia, alla presenza di Eduardo Antonio Modena, Rettore e del Direttore Generale del Campus Avaré Sebastião Francelino da Cruz.  
                                                               
Linda Bimbi partì per il paese latinoamericano come missionaria a 27 anni, dopo aver lasciato Pisa e l’insegnamento. In Brasile fu educatrice e sperimentò, sia nei collegi per i figli dell’élite, sia nelle favelas, le nuove metodologie del grande pedagogista brasiliano Paulo Freire. Perciò entrò nel mirino dei militari che nel 1964 presero il potere e rimasero al governo fino al 1985. Dopo minacce e persecuzioni, fu costretta a lasciare il Brasile e a tornare in Italia, ma continuò il suo lavoro di cristiana in prima linea per la giustizia.

Tramite padre David Turoldo, nel 1972 conobbe Lelio Basso che le chiese di collaborare per Tribunale Russell sui crimini delle dittature in America Latina. Da allora, cominciò il lavoro che l’avrebbe portata a lottare, pacificamente, perché i popoli del Sud del mondo avessero voce e speranza. Una sfida che la portò a vivere in prima linea le tragedie degli ultimi decenni del Novecento. Conobbe personaggi come Adolfo Pérez Esquivel, Marianela García Villas, Javier Giraldo, dom Helder Camara, vescovo di Olinda e Recife, Arturo Paoli.  Perciò Linda Bimbi, nonostante gli impegni internazionali con la Fondazione Leslie e Lelio Basso, non rinunciò mai al suo ruolo di formatrice. Creò i corsi di perfezionamento sui diritti dei popoli, poi, la scuola di giornalismo. Rimase sempre una strenue difensore dei Diritti Umani e attenta educatrice.

Tante le pubblicazioni, di cui vogliamo ricordare la più recente, dal titolo "Tanti piccoli fuochi inestinguibili. Scritti sull'America latina e i diritti dei popoli" (ed. Nova Delphi). La cultura e la conoscenza dell’altro costituivano per Linda la premessa indispensabile per una Pace vera: "Quando racconti, non dimenticare di quanti non hanno voce in capitolo nelle grandi scelte internazionali, eppure sono i primi a subirle. Non accontentarti delle versioni ufficiali. Ascolta i poveri, gli esclusi, gli ultimi. Non puoi comprendere davvero il mondo se non lo guardi anche dal loro punto di vista", diceva sempre ai giornalisti e studiosi che andavano a trovarla nell’ufficio di via della Dogana Vecchia, nel centro storico di Roma.
 

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E’ vietata la riproduzione, anche parziale, dei testi pubblicati nella rivista senza l’esplicita autorizzazione della Direzione
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TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)

A inauguração da "BIBLIOTECA LINDA BIMBI" no Brasil, no Campus Avaré do IFSP de São Paulo
por
Antonella Rita Roscilli

                                                               
                                                                                                                                    News Sarapegbe 20 settembre 2019
"Somos como rastros sobre a água, destinados a nos perder no mar do universo. Se não fosse para o Outro que nos acolhe. E para os outros, que mantêm algumas de nossas gotas...": assim dizia Linda Bimbi, que por décadas foi diretora da Seção internacional da Fondazione Leslie e Lelio Basso, em Roma. Para defender os direitos humanos e construir um futuro de paz para as novas gerações, a ativista e educadora dedicou toda a sua vida até 2016, quando, com 91 anos de idade, faleceu na casa romana que compartilhava com outros leigos comprometidos com a defesa dos direitos humanos.

Linda Bimbi passou anos muito importantes de sua vida no Brasil. Para homenagear esta grande mulher, em 20 de setembro de 2019, em São Paulo, no Campus Avaré do IFSP - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, è inaugurada  a "Biblioteca Linda Bimbi", com a presença do Reitor Eduardo Antonio Modena, e o Diretor Geral do Campus Avaré Sebastião Francelino da Cruz.
                                                           
Estava com 27 anos Linda Bimbi quando viajou para o grande país latino-americano como missionária, deixando atrás a sua cidade italiana de Pisa e a profissão de professora. No Brasil, ela foi educadora e experimentou, tanto nas faculdades dos filhos da élite, quanto nas favelas, as novas metodologias do grande educador brasileiro Paulo Freire. Então. Assim não foi bem vista pelos militares que tomaram o poder em 1964 e permaneceram no Brasil até 1985. Após ameaças e perseguições, ela foi forçada a deixar o Brasil e retornar à Itália, mas continuou sempre seu trabalho como cristã na vanguarda da justiça.

Por meio do padre David Turoldo, em 1972, conheceu Lelio Basso, que pediu para ela colaborar no Tribunal Russell para os crimes das ditaduras na América Latina. Desde então, Linda começou aquele constante trabalho que a levaria a lutar pacificamente para que os pobres e os excluídos dos povos do Sul do mundo tivessem voz e esperança.

Um desafio que a levou a viver as tragédias das últimas décadas do século XX. Conheceu pessoas como Adolfo Pérez Esquivel, Marianela García Villas, Javier Giraldo, Dom Helder Câmara, bispo de Olinda e Recife, Arturo Paoli. Linda Bimbi, apesar dos compromissos internacionais com a Fundação Leslie e Lelio Basso, nunca desistiu de seu papel. Na própria Fundação criou cursos de especialização sobre os direitos dos povos e a escola de jornalismo.

Foi uma defensora extenuante dos Direitos Humanos e uma educadora atenciosa até o final. Muitas foram as publicações e gostaríamos lembrar a mais recente obra "Tanti piccoli fuochi inestinguibili. Scritti sull'America latina e i diritti dei popoli" publicada na Itália pela editora Nova Delphi.

A cultura e o conhecimento do Outro constituíram para ela a premissa indispensável para uma verdadeira paz: "Quando você contar, não esqueça aqueles que não têm voz nas grandes escolhas internacionais, pois serão eles os primeiros a sofrer. Não aceite as versões oficiais. Escute os pobres, os excluídos, os últimos. Você realmente não pode entender o mundo se não olhar para ele considerando o ponto de vista dos que foram deixados por últimos nas sociedades": sempre dizia estas frases para os jornalistas e estudiosos que a visitavam no escritório da Via della Dogana Vecchia, no centro histórico de Roma.
 

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