L'ANGOLO DELLA POESIA: Campesino
Florisvaldo Mattos
TESTO IN ITALIANO   (Texto em português)

Come foglie cadenti in un deserto
umane resistenze cadono
su campi senza sole. Petto coperto
di un sol grido, la speranza va coprendo
 
Rude lavoro di zappe consumando
sangue che offre del sangue un sogno certo,
speranze del domani già scompaiono
nella sete di speranza che è vicina
 
Amare dimenticanze si fermano, vedendo
nell'intimo dello spettacolo piovoso
l'apparso che disappare
Prima che l'amore si assenti nella terra senza Humus
già versano sul campo generoso
le acque della mattina muovendo corsi 

Il sonetto "Campesino" fa parte del primo libro "Reverdor" di Florisvaldo Mattos, pubblicato nel 1965 e ripubblicato in "Poesia Reunida e Inéditos", (2011, p. 64).

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Florisvaldo Mattos. Poeta e giornalista. Appartiene alla Academia de Letras da Bahia. Nato a Uruçuca, nel sud dello stato di Bahia (Brasil), già professore  della Universidade Federal da Bahia, ha esercitato incarichi in vari giornali tra cui quello di capo redattore (“Diário de Notícias” e “A Tarde”, ambedue di Salvador). E' stato corrispondente e capo della succursale a Bahia del "Jornal do Brasil” (RJ). Per oltre dieci anni ha curato il supplemento settimanale “A Tarde Cultural”, premiato nel 1995 dalla Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), come il migliore del Brasile per Divulgação Cultural. Dal 1995 occupa il seggio nº 31 della Academia de Letras da Bahia. Tra il 1987 e il 1989 ha occupato la presidenza della Fundação Cultural do Estado (Funceb). Opere pubblicate: Reverdor, 1965; Fábula Civil, 1975; A Caligrafia do Soluço & Poesia Anterior, 1996; Mares Anoitecidos, 2000; Galope Amarelo e Outros Poemas, 2001; Poesia Reunida e Inéditos,2011; Sonetos elementais – Uma antologia, 2012 (tutti di poesia).Estação de Prosa & Diversos, 1997); A Comunicação Social na Revolução dos Alfaiates, 1998 e Travessia de oásis - A sensualidade na poesia de Sosígenes Costa, em 2004 (gli ultimi sono saggi).
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TEXTO EM PORTUGUÊS   (Testo in italiano)


Florisvaldo Mattos 
CAMPESINO

Como folhas caindo num deserto, 
humanas resistências vão caindo 
sobre campo sem sol. Peito coberto 
de um só grito esperança vai cobrindo.

Rude labor de enxadas consumindo 
sangue que dá de sangue um sonho certo, 
esperanças do amanha já sumindo 
na sede de esperança que está perto.

Amargas deslembranças param, vendo 
no íntimo do espetáculo chuvoso 
o aparecido desaparecendo.

Antes que o amor se ausente ao chão sem húmus,
já baixam sobre o campo generoso,
as águas da manhã movendo rumos.

O soneto "Campesino" integra o primeiro livro, "Reverdor" de Florisvaldo Mattos, publicado em 1965 e republicado em "Poesia Reunida e Inéditos", de 2011, pág. 64.
Traduzione in italiano di A.R.R.
Florisvaldo Mattos. Poeta e jornalista. Pertence à Academia de Letras da Bahia. Natural de Uruçuca, no sul do estado da Bahia (Brasil), professor aposentado da Universidade Federal da Bahia; exerceu cargos em vários jornais, entre os quais os de editor-chefe (“Diário de Notícias” e “A Tarde”, ambos de Salvador). Foi correspondente e chefe de sucursal na Bahia do “Jornal do Brasil” (RJ). Por mais de uma década, editou o suplemento semanal “A Tarde Cultural”, premiado em 1995 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), como o melhor do Brasil no quesito de Divulgação Cultural. Desde 1995, ocupa a Cadeira nº 31, da Academia de Letras da Bahia. Entre 1987-89 ocupou a presidência da Fundação Cultural do Estado (Funceb), Obras publicadas: Reverdor, 1965; Fábula Civil, 1975; A Caligrafia do Soluço & Poesia Anterior, 1996; Mares Anoitecidos, 2000; Galope Amarelo e Outros Poemas, 2001; Poesia Reunida e Inéditos,2011; Sonetos elementais – Uma antologia, 2012 (todos de poesia).Estação de Prosa & Diversos, 1997); A Comunicação Social na Revolução dos Alfaiates, 1998 e Travessia de oásis - A sensualidade na poesia de Sosígenes Costa, em 2004 (os últimos de ensaio).